O clima se agravou de vez neste sábado, 24, na cidade de Buerarema, localizada a 450 km de Salvador. Mesmo com o grande contingente que já estava na cidade, o Comando Geral da PM enviou mais reforços. Cerca de 150 policiais acabaram de chegar à cidade. O clima é de Guerra. Moradores estão aflitos com a situação, muitos estão trancados em suas casas com medo da rebelião que está acontecendo.
O comércio todo está fechado. A população se revoltou de vez com as investidas dos tupinambás. A polícia está trabalhando para conter a revolta. Já houve depredação de casas comerciais, lojas foram invadidas. Mais uma vez a loja Cesta do Povo foi arrombada. Outra loja de materiais de construção foi arrombada e saqueada. A população alega que o proprietário passa informações aos índios, porque eles só compram seus materiais nesse estabelecimento.
O povo se revoltou e quebrou também a agência dos Correios, e o escritório da Embasa. O banco Bradesco só não foi invadido porque a polícia dispersou a multidão. A Força Nacional e outras polícias estão em frente ao Prédio da Prefeitura. A população garante que vai invadir o prédio.
População coloca fogo em 08 casas de índios
Neste sábado pela manhã, um grupo de índios passeou pela cidade em um veículo L200 e revoltou a população que procurou fazer justiça com as próprias mãos.
Várias pessoas revoltadas com a posição dos tupinambás procuraram as moradias os índios na cidade, e atearam fogo em oito moradias. Queimaram tudo que tinha dentro das casas. O clima ficou muito tenso e a polícia ainda trabalha para amenizar o conflito.
O clima é de medo
Continua tenso o clima no sul da Bahia. Pequenos produtores continuam acampados em frente à Prefeitura de Buerarema aguardando solução para o impasse que ganhou ainda mais força neste mês com novas invasões de terra, fechamento da BR-101, incêndio de carros e viaturas, fruto do embate entre os fazendeiros e os índios tupinambás.
Segundo moradores da região afetada - que inclui também áreas dos municípios de Una e Ilhéus - 62 fazendas foram invadidas pelos indígenas, 32 delas apenas nos últimos 30 dias.
Autoridades policiais e jurídicas além de lideranças políticas, produtores e representantes dos índios se reuniram, no entanto não conseguiram fechar acordo. Os produtores estabeleceram o dia 30 de agosto, como prazo para que a situação seja resolvida. Políticos demonstram preocupação com o impasse, que poderá causar graves problemas à população local. De acordo com o deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN), que mantém diariamente contato com o prefeito Guima Barreto e os vereadores de Buerarema, será necessária a criação de urgentes estratégias para evitar que o pior aconteça.