Em meio a alta demanda por vacinas contra a Covid-19, a Fiocruz, que fabrica uma das vacinas aprovadas para uso no Brasil, anunciou que triplicou a produção diária de imunizantes, que passou a ser de 900 mil doses. Para fim de comparação, em 8 de março, a capacidade de envasamento era de 250 a 300 mil doses por dia, traz reportagem da Folha de S. Paulo.

A Fiocruz conta com duas linhas de produção da vacina contra Covid de Oxford/AstraZeneca no Instituto de Tecnologia em Imunibiológicos (Bio-Manguinhos). A expectativa da Fundação é de produzir 18,4 milhões de doses da vacina até o dia 2 de maio.

Até o dia 2 de abril, a Fiocruz tinha entregado ao Ministério da Saúde, que repassa as doses aos estados, 8,1 milhões de doses (4 milhões importadas da Índia e 4,1 milhões produzidas pelo próprio laboratório).

À reportagem, a Fiocruz ressaltou q possibilidade de iniciar um segundo turno de trabalho que permitirá a produção de até 1,2 milhão de doses diárias.

As vacinas hoje dependem da importação do chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), produzido na China. O ativo é o principal ingrediente da vacina, já que contém o vírus modificado e enfraquecido, necessário para o estímulo de anticorpos na pessoa vacinada.

Um acordo de transferência de tecnologia com a AstraZeneca, encaminhado desde setembro de 2020, mas ainda não concluído, pode dar à Fiocruz o direito de produzir também o IFA. No fim de abril, está prevista a visita de técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que farão a vistoria da área de produção da matéria-prima. A vistoria é necessária para que a Fiocruz receba o certificado técnico operacional da agência reguladora e possa ter autonomia para produzir o IFA, explica a reportagem da Folha.