De homem de primeira linha na confiança do ex-governador e ex-senador ACM a vice-governador do petista Jaques Wagner, Otto Alencar (PSD) volta a tratar com naturalidade as críticas que sofre por sua mudança brusca de lado entre as correntes partidárias da Bahia. Candidato ao Senado pela chapa PT-PP-PSD, Otto acredita que está no caminho certo ao lado dos petistas e garante que não sente falta do carlismo.
"Fui aliado de Antonio Carlos. Aliás, um aliado que nunca foi do partido dele. Eu nunca fui filiado ao PFL, é bom pontuar isso. Minha primeira eleição foi pelo PTB, depois fundei o PL, com Afif Domingos e [Gilberto] Kassab. Agora, o PSD. Sempre fui um aliado correto em todos os pontos. Enquanto ele (ACM) fez política, sempre estive ao lado dele", disse Otto entrevista à TV Aratu ontem (4).
Otto, contudo, se gaba pela 'lealdade' a ACM. "Em 2002, ele me pediu para fazer a sucessão e eu fiz. Fiz tudo para eleger Paulo Souto governador. Paulo Souto sabe que fui decisivo para eleger ele em 2002. Eu lutei, trabalhei com ele, ele foi eleito com 53,7%. Uma eleição muito difícil. Esse é o marco da minha vida: compromisso e lealdade. Palavra empenhada, eu suporto qualquer fardo. Eu tenho todo direto de fazer aliança com a presidente Dilma Rousseff, com o governador Jaques Wagner, com Rui Costa".
E para não perder a oportunidade, ainda no embalo do assunto ACM, Otto Alencar voltou a levantar suspeitas sobre a composição da chapa dos opositores, que tem Paulo Souto (DEM) como cabeça, Geddel Vieira Lima (PMDB) concorrendo ao Senado e Joaci Góes (PSDB) como candidato a vice-governador.
"Trabalhei com Antônio Carlos Magalhães e ele dizia que Geddel e Joaci Góes eram com ele inconciliáveis, por problema de ordem pessoal. Louvo as atitudes de Geddel e Joaci de se unir a Neto (ACM Neto)".
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