Dados colhidos através do site Bahianotícias.com.br apontam que uma pesquisa realizada pela Associação de Planejamento Familiar do Japão revelou que quase a metade dos jovens japoneses entre 16 e 19 anos “não tem interesse” ou “despreza” o sexo. Entre os homens, o percentual é de 36% - mais ou menos um a cada três. Já entre as mulheres, o índice sobe para 59%. A partir dos dados, especialistas criaram duas explicações para o fato. Uma delas indica que os japoneses passam muito tempo na internet e preferem procurar namoradas virtuais ao invés de encarar um relacionamento “verdadeiro”. Alguns teóricos, porém, cunharam o termo “homem herbívoro” para explicar o fenômeno, caracterizado pela falta de interesse não apenas em sexo, mas também no estabelecimento de relações duradouras. “Construir um relacionamento leva muito esforço. Fazer ela gostar de mim e eu gostar dela. Teria que parar de fazer tudo que é feito no fim de semana por ela. E eu não quero isso”, afirmou Yusaki Yakahashi, que se auto intitula “herbívoro”.
Já na Coréia do Sul, outro país bastante conectado, a dependência de internet e dos jogos de computadores é um problema que já virou questão de saúde pública. Nos Estados Unidos, os jovens preferem o celular a carros. Eles dirigem menos que os da geração anterior.
No Brasil, ainda não se aproximam aos níveis dos Estados Unidos, Japão e Coreia, mas os especialistas andam atentos. A dependência pode chegar a 10%. No Hospital das Clínicas de São Paulo, já existe um grupo de apoio para quem tem dificuldades de se desconectar. O assunto tende a se agravar na maioria dos países desenvolvidos. Mas as autoridades já mostram sinais de preocupação e estão criando leis que possam inibir essa dependência de conectividade.