Bahia, 21 de Outubro de 2025
Por: A Gazeta Bahia
21/10/2025 - 08:59:33

O verdadeiro papel da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) é representar, defender e orientar os lojistas associados, atuando como uma entidade de classe para fortalecer o comércio local através da oferta de serviços, capacitação, e defesa de interesses. Ela também promove o desenvolvimento econômico e social das comunidades, oferece soluções para inadimplência e funciona como um ponto de encontro para parcerias entre empresas. 

Não cabe a esta instituição se enveredar em defesa de secretários municipais pagos com o dinheiro do público.
O lojista de Porto Seguro precisa de soluções urgentes e debates para temas importantes como as taxas impostas pelo município aos veículos que entrarem na cidade. Precisa debater várias questões pertinentes às causas do comércio e outros assuntos que possam contribuir para o comércio local.

CONFUSÃO NAS ESFERAS PÚBLICAS E PRIVADAS.

A Nota de Repúdio divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Seguro causa perplexidade e merece uma análise criteriosa. Em vez de contribuir para o debate público de forma responsável e equilibrada, o texto demonstra um claro viés corporativista, afastando-se do papel institucional que uma entidade representativa do comércio deveria exercer.

O ponto que mais preocupa é a atuação direta de um secretário Municipal de Saúde na elaboração e divulgação da referida nota, o que suscita um questionamento inevitável: o secretário fala em nome da Prefeitura de Porto Seguro ou da CDL?
A Constituição Federal, em seu artigo 37, é clara ao estabelecer os princípios que regem a Administração Pública, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Quando um agente público, ocupando cargo de confiança, atua em defesa de uma entidade privada, há evidente conflito de interesses e violação do dever de impessoalidade que deve nortear todo gestor público.

Não se trata de atacar o comércio local, que é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de Porto Seguro. O que se repudia é a confusão entre as esferas pública e privada, bem como, o uso de cargo público para respaldar manifestações de natureza corporativista ou política.
Defender o interesse público exige isenção, ética e responsabilidade institucional. Cada ente, Prefeitura, CDL ou qualquer outro, deve respeitar seus limites de atuação, sem se sobrepor ou instrumentalizar o espaço público para fins particulares. 

AGAZETA BAHIA
EUNÁPOLIS BAHIA.

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