O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), opinou, nesta segunda-feira (10), sobre a regulamentação do uso de celulares nas escolas da rede estadual. Durante a inauguração de uma nova escola de tempo integral em Conceição do Jacuípe e a abertura oficial do ano letivo, Jerônimo reforçou que a medida não visa proibir o celular, mas garantir que seu uso seja adequado ao ambiente escolar.
“Nós não vamos fugir desse tema. Eu quero muito a ajuda de vocês, da imprensa, para esclarecer isso. A lei não nega a importância do celular. O problema não é o aparelho, mas a forma como ele é usado dentro da sala de aula”, destacou o governador.
Jerônimo ressaltou que a nova regulamentação busca equilibrar o uso da tecnologia com a atenção necessária às atividades pedagógicas.
“Nós precisamos, nas quatro horas da manhã, nas três ou quatro horas da tarde ou da noite, colher a atenção dos estudantes. Não queremos que eles entendam isso como uma proibição. Nos momentos em que o professor não estiver utilizando o celular como ferramenta pedagógica, ele deve ser guardado. Quando necessário, ele pode ser usado”, explicou.
O governador também destacou que a regulamentação prevê momentos específicos para o uso pedagógico do celular em sala de aula.
“Tem momentos que o celular é uma ferramenta importante, como em um exercício de matemática, física, geografia ou história. Não se trata de jogar fora, mas de usar com responsabilidade”, pontuou.
Além disso, Jerônimo reforçou que a escola terá um regramento para situações emergenciais.
“Quem precisar falar com os pais ou tiver um problema de saúde, vai ter um canal de comunicação. O diretor e a diretora saberão quem precisa de um contato emergencial”, afirmou.
Durante seu discurso, o governador também defendeu mudanças na forma de progressão dos estudantes no ensino médio. Ele argumentou que um aluno que tenha dificuldades em uma ou duas disciplinas não deve ser reprovado integralmente.
“Nós não estamos dizendo que é para aprovar todo mundo. Quem não frequenta a escola, quem não cumpre o regimento escolar, não será aprovado. Mas aquele estudante que teve dificuldades em uma ou duas matérias poderá avançar e fazer uma recuperação específica. Qual o erro nisso? Estamos dando oportunidade para quem quer estudar”, explicou.
Jerônimo concluiu reforçando que o objetivo das mudanças é fortalecer a educação na Bahia e pediu apoio da sociedade na implementação das novas diretrizes.