O café arábica continuou a subir nesta segunda-feira, estabelecendo um novo recorde pela oitava sessão consecutiva na bolsa ICE, com a escassez de oferta antes de uma queda esperada na produção do Brasil este ano.
O Brasil, maior produtor de café arábica, provavelmente colherá uma safra menor este ano, em parte devido ao clima quente e seco em 2024.
Os contratos futuros de café arábica na bolsa ICE Futures dos EUA fecharam em alta de 3,05 centavos de dólar, ou 0,8%, a 3,809 dólares por libra-peso, depois de atingir um pico recorde de 3,8895 dólares.
O mercado subiu 19% até agora em 2025, depois de subir 70% em 2024.
A safra de café do Brasil de 2025, que será colhida por volta de abril, foi projetada na segunda-feira em 63,2 milhões de sacas de 60 kg, 1,8% abaixo da safra de 2024, informou a exportadora Comexim na segunda-feira, culpando as condições climáticas adversas pela previsão menor.
A Conab, a agência nacional de abastecimento de alimentos do Brasil, afirmou na semana passada que a safra de arábica do país deveria cair 12,4%, para 34,7 milhões de sacas, em 2025, acrescentando que as condições quentes e secas antes dos estágios de floração haviam reduzido o rendimento potencial.
Os agricultores do Brasil também têm relutado em fazer vendas devido à perspectiva incerta de suas safras e à possibilidade de os preços subirem ainda mais.
Os especuladores também têm aumentado suas apostas de alta no café arábica, acrescentando mais combustível à alta dos preços.
Os preços do café robusta, uma variedade geralmente mais barata, usada principalmente para fazer café instantâneo, caíram 184 dólares, ou 3,2%, a 5.534 dólares a tonelada métrica, depois de atingir um pico de 5.861 dólares na semana passada, o preço mais alto desde que o contrato começou a ser negociado em 2008. Enquanto isso, as donas de casa, e outros segmentos como padarias, lanchonetes, restaurantes e hotéis vão pagar o preço alto.