Ao fim do encontro entre o prefeito de Eunápolis Robério Oliveira e secretários, com o Ministério Público Estadual, no dia 14, deste mês, na sede do órgão, nesta cidade, o promotor público Helber Luiz, concedeu entrevista, ressaltando que a reunião entre a Administração Pública Municipal com o Ministério Público, retrata bem, o que é a nova dinâmica do serviço público, que é justamente, a cooperação institucional, mostrando cumprir o seu papel nas políticas públicas e suas atribuições diante da Constituição Federal.
"O interesse da gestão em procurar o Ministério Público visa fortalecer esses entendimentos. Isso é importante, uma melhor interação entre o município e o órgão do Ministério Público".
Passados seis dias do encontro, o Ministério Público aínda está sendo aguardado pela diretoria do Hospital Regional de Eunápolis, para que este órgão tome ciência da atual situação que predomina na unidade hospitalar, bem como em diversos setores da Saúde Pública Municipal. O promotor precisa ver de perto o quadro caótico que se instalou ali no Hospital Regional, e que agora, através dos esforços do Governo Municipal, com o apoio da Secretaria de Saúde, na pessoa de Lívia Souza, e da diretoria da unidade hospitalar, estão sendo aos poucos reorganizado, e recuperados,
Conforme explicou o diretor geral do Hospital Regional, Tom Costa, ao agazetabahia, nesta segunda-feira, 20: os danos são bastante sérios! Abordou sobre uma única ambulância para atender toda Saúde Pública Municipal.
A começar pelos danos na estrutura física (paredes mofadas, portas danificadas e outros problemas diversos), a falta de insumos, de medicamentos, de materiais de limpeza, materiais para cirurgias, com vários equipamentos sucateados.
O tomógrafo, um dos principais equipamentos de ponta do Hospital, está praticamente jogado no lixo. Desmantelado há muito tempo. Um zona de guerra!
Outro caso extremo de abandono, detectado pela nova diretoria, é gerado central sem funcionar há vários meses. Muitas pessoas não morreram por milagres!
Dos dez leitos de UTI, apenas seis estão funcionando. Os demais, estão sem funcionar por falta de material.
O Ministério Público precisa agir de imediato. Precisa ver de perto as coisas. Diversos contratos firmados na gestão passada com laboratórios, clínicas e folhas dos profissionais da Saúde serão auditados pelo novo governo. Existem indícios fortes de superfaturamento. A ex-prefeita deixou a folha dos servidores da Saúde sem pagar, no mês de dezembro. Isso é muito grave. É impactante para as finanças do Poder Público Municipal.
O prefeito Robério Oliveira está empenhado em buscar soluções imediatas para equilibrar a Saúde Pública do município. No entanto, é preciso a agilidade da Secretaria de Saúde do Estado, e do imediato empenho do governador Jerônimo Rodrigues.
A população precisa de uma Saúde Pública de qualidade, de um Hospital Regional que ao menos possa oferecer um atendimento humanizado para todos e todas.