O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou à cúpula do Congresso que o pacote de corte de gastos do governo deve totalizar R$ 70 bilhões —30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.
O ministro é cobrado para anunciar um pacote de ajuste fiscal. O governo investiu em um discurso sobre a revisão das despesas públicas, especialmente nas últimas 3 semanas. Entretanto, ainda não houve um anúncio oficial, que depende do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A equipe economica estuda atrelar a valorização do salário mínimo às regras do marco fiscal, aprovado em 2023. Com essa medida, o reajuste seria de, no máximo, 2,5% acima do INPC (Indice Nacional de Preços ao Consumidor).
O objetivo do governo é impor o mesmo teto de gastos do marco fiscal a despesas obrigatórias —como benefícios previdenciários, abono-salarial e seguro-desemprego, por exemplo. Esses programas estão indexados ao salário mínimo.
Este jornal digital já havia apurado que estão no radar mudanças no seguro-defeso —pago a pescadores quando a prática é proibida por questões de preservação de espécies— e no abono salarial. O BPC (Benefício de Prestação Continuada) também deve ser alvo de alterações.
O governo anunciou um pente-fino para fazer ajustes e combater fraudes, mas as mudanças no mercado de trabalho nos últimos anos exigem medidas de caráter estrutural.
Haddad se reuniu na 4 feira (13.nov) com representantes do Ministério da Defesa. Foi um pedido de Lula antes de oficializar a redução das despesas públicas.
O ministro disse que novas medidas relacionadas ao órgão dos militares, como a revisão da previdência dos integrantes da caserna, poderão ser adicionadas ao pacote já em elaboração.
A equipe econômica e outros ministros se encontraram diversas vezes com o
presidente Lula durante a semana passada.
Além da Defesa, os ministérios que já se envolveram nas discursões foram: