O prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal, se vê mais uma vez envolvido em denúncias relacionadas às suas renúncias de cargos públicos. Agora, Jânio enfrenta a Justiça Eleitoral com a acusação de tentar impor à população de Porto Seguro um terceiro mandato, o que é proibido pela legislação eleitoral. Jânio insiste nesse possível golpe, sendo notoriamente conhecido por essas artimanhas eleitorais.

Seu histórico de renúncias é extenso e parece ser uma prática recorrente. Muitas vezes, ele tem escapado ao escrutínio dos eleitores desavisados e da própria população.

Em 1992, Jânio Natal foi eleito prefeito de Belmonte, mas renunciou em 02 de abril de 1996, passando o cargo para sua vice-prefeita, Dinah Martins Nascimento. Após deixar Belmonte, ele se candidatou à prefeitura de Porto Seguro, mas perdeu a eleição para Ubaldino Júnior.

Em 2000, Jânio retornou a Belmonte e foi novamente eleito prefeito, renunciando ao mandato em 1º de abril de 2004 para se candidatar a prefeito de Porto Seguro, onde foi eleito para o período de 2005 a 2008.

Em 2012, ele tentou a prefeitura de Porto Seguro novamente, ficando em terceiro lugar e perdendo a eleição para a prefeita Claudia Oliveira, que cumpriu seu mandato e foi reeleita até 2020.

Jânio voltou a Belmonte em 2016 e fez história na política baiana ao ser eleito prefeito novamente, dessa vez, com seu irmão Janival Andrade como vice. Um fato inusitado foi a renúncia do mandato após sua diplomação pela Justiça Eleitoral, deixando seu irmão à frente da Prefeitura enquanto ele continuava como deputado estadual.

Depois, Jânio se lançou novamente à prefeitura de Porto Seguro e foi eleito para o mandato de 2020 a 2024. No entanto, ele tenta agora um terceiro mandato, desrespeitando a legislação eleitoral que veda essa possibilidade.

Sob sua atual gestão, Porto Seguro enfrenta diversas acusações de falta de pagamento a fornecedores e prestadores de serviços. A cidade foi destaque negativo no programa Fantástico da TV Globo, exibido no último domingo, 25, com uma pauta crítica envolvendo juízes da comarca e outras questões. O prefeito Jânio Natal foi mencionado indiretamente, e outros escândalos também têm sido noticiados na imprensa baiana, especialmente envolvendo a Secretaria de Meio Ambiente do Município, resultando em prisões e ações policiais.

Agora, cabe ao eleitorado e à Justiça decidir sobre a continuidade desse modus operandi que tem marcado a vida pública de Jânio Natal.