A empresa Seculus Consultoria e Assessoria Ltda., que já foi acusada de fraudar e teve resultados suspensos pela Justiça em diversas cidades da Bahia, foi contratada para realizar uma pesquisa no município de Itapebi, no calor das festividades da Emancipação Política,  em um momento, quando a Prefeitura anunciava as apresentações de diversos artistas em praça pública. Ou seja, no ardor das emoções.
Tanto é, que o registro se deu nos dias das apresentações das bandas.

Segundo os dados constantes no site do TSE, a pesquisa foi contratada realizada nos dias  09 e 10 de agosto pelo preço de R$ 5 mil reais, e entrevistou 500 pessoas. Nota-se aí um número de entrevistados acima do considerado pelos estatisticos

A  Seculus já foi acusada de fraudar pesquisas em Juazeiro, Feira de Santana e Canavieiras. Em quase todas as alegações acatadas pela Justiça se repete a argumentação que o Instituo usa formulários inadequados, formula perguntas de forma a favorecer candidaturas, não abrange o território do município e desrespeita o percentual de composição do número de mulheres.

A amostragem foi desproporcional ao número da população, e o tempo de dois dias para esse número de entrevistados foge às regras. Estatísticos explicam que há um determinado ponto em que não vale a pena aumentar o número de entrevistas. Normalmente os institutos trabalham com cálculos de modo a estimar o indicador, atendendo a exigência do TSE.

Vale salientar que, esse mesmo instituto divulgou pesquisa registrada para Governador, no pleito passado, onde apontava que ACM Neto tinha 61 por cento e Jerônimo apenas 11 por cento. O erro foi grotesco.