A Guarda Nacional Mexicana prendeu o narcotraficante Ovidio Guzmán, filho do notório traficante Joaquin “El Chapo” Guzmán, em uma operação dramática no estado de Sinaloa, nesta quinta-feira (5).
Guzmán é o herdeiro natural do Cartel de Sinaloa, o mais forte, mais rico e mais violento do México.
A ação levou ao início de vários confrontos na cidade de Culiacán.

Existem outros cartéis de narcotraficantes no país, como o Cartel do Golfo, Loz Zetas, Juarez, La Familia e Tijuana. Somados eles dominam todo o norte do México e 100% dos 3.200 quilômetros da fronteira entre México e Estados Unidos.
E nada atravessa a fronteira do México sem a permissão de um dos cartéis, mesmo produtos e equipamentos exportados regularmente, como maquinas ou até abacates, que têm que pagar um pedágio para um dos cartéis. Em caso de 'desrespeito' a punição é inevitável e geralmente, se torna uma sentença de morte.

A prisão de Ovídio Guzman foi uma grande operação militar que envolveu até os fuzileiros navais mexicanos e desencadeou ataques terroristas no estados de Sinaloa e Sonora. Houveram de depredação em centros comerciais, ônibus e caminhões foram incendiados e até o 'Aeropuerto Internacional de Culiacán', na capital da província de Sinaloa foi alvo de ataques.
Em janeiro de 2022 a revista Veja já mostrava que “os cartéis de Sinaloa e o Jalisco Nueva Generación (CJNG), atualmente o maior grupo criminoso do país latino, têm ocupado posições estratégicas na fronteira brasileira e há pelo menos quatro anos têm uma parceria de conveniência com a maior facção do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC)”.

Ovídio, o filho de El Chapo, já havia sido preso pelas autoridades federais em outubro de 2019, mas acabou liberado por ordem do presidente esquerdista do México, Manuel López Obrador, para evitar mais derramamento de sangue.
Um recuo gravíssimo que agora custará ainda mais caro ao povo mexicano.

Foto: Ovidio Guzmán, filho do notório traficante Joaquin “El Chapo” Guzmán.