Guaribas (PI) - Lançado no dia 3 de fevereiro de 2003, no município com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, o Programa Fome Zero foi criado com o objetivo de erradicar a miséria, com a transferência de renda e garantindo o alimento para as famílias que viviam na extrema pobreza. Hoje, o Brasil ainda tem pelo menos 5,3 milhões de pessoas sobrevivendo com menos de R$ 70 por mês, diferentemente do início dos anos 2000, quando eram 28 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza.
Nos último dez anos, esse número vem diminuindo. Em parte, por causa de políticas públicas de ampliação do trabalho formal, do apoio à agricultura e da transferência de renda. Hoje, a iniciativa, que ganhou o nome de Bolsa Família, chega a quase 14 milhões de lares. Ela nasceu do Programa Fome Zero, criado para garantir no mínimo três refeições por dia a todos os brasileiros. E foi do interior do Nordeste que essa iniciativa partiu para o restante do país.
Sul da Bahia
Nos municípios do Sul e Extremo Sul da Bahia, a exemplo e Pau Brasil, Camacan, Mascote, Santa Luzia, Itapebi, Eunápolis, Guaratinga, Vereda, Caravelas e outros, muitas famílias ainda sobrevivem com base no que recebem do Bolsa Família. Longe de ser uma região onde as desigualdades sociais sejam cada vez curtas.
O que vê nessas paragens, é a falta de investimentos governamentais, que tragam esperanças, motivações, geração de emprego, educação de qualidade, e uma saúde pública preventiva, capaz de erradicar os bolsões de misérias, os esgotos que corem a céu aberto, as doenças endêmicas, as verminoses, a exemplo da esquistossomose, enfim, que apresentem soluções simples, que despertem nas comunidades rurais, e nas periferias urbanas, o interesse pela capacitação, e que através dessa luz possam enxergar o óbvio.
Entre os 5,3 milhões de brasileiros que sobrevivem na miséria, estão algumas famílias residentes no Extremo Sul da Bahia. Pessoas desassistidas pelo Estado, um governo que cruza os braços, “pongando” em obras privadas, para daí formatar seu marketing perverso e multifacetado. Não nesse governo do PT, mas talvez nos próximos mandatos, essas famílias miseráveis deixarão de existir, sem o “adjutório” do Bolsa família.