Bahia, 25 de Abril de 2024
Por: A Gazeta
29/11/2022 - 06:53:50

O ataque à segunda escola de Aracruz, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), poderia ter sido pior se a arma utilizada pelo jovem de 16 anos não tivesse apresentado problemas. Policiais militares que analisaram as imagens das câmeras de segurança da escola e que estiveram no local do crime concluíram que o atirador não conseguiu recarregar o revólver de calibre 38.

Após ter usado dois carregadores de munição de uma pistola .40 da Polícia Militar na primeira escola atacada, a estadual Primo Bitti, o atirador teve que utilizar a segunda arma que trazia consigo, um revólver particular do pai, que é tenente da Polícia Militar, para dar continuidade ao seu plano. O tambor do revólver comporta sete munições, que foram utilizadas no segundo ataque.

Nas imagens do circuito de videomonitoramento, é possível ver que o jovem corre pela rampa com dificuldades para recarregar o revólver, que exige que as balas sejam colocadas uma por uma no tambor. Algumas munições intactas (que não foram utilizadas) foram encontradas na segunda escola, que apontam para a possibilidade do atirador ter tentado recarregar e não ter conseguido, segundo a polícia.

No CEPC, o adolescente assassinou a estudante Selena Sagrillo, de 12 anos, que descia a rampa, e, por uma janela de vidro, fez mais disparos atingindo outros dois estudantes. Ao não conseguir recarregar o revólver e por ter esgotado as munições da pistola, o jovem fugiu do local e voltou para casa.

As duas armas utilizadas pertenciam ao pai do adolescente. Segundo o delegado responsável pela investigação, André Jaretta, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, a pistola estava escondida no guarda-roupa do tenente da PM, dentro de um coldre. Já o revólver estava em um outro armário, com um cadeado.

Veja + Notícias/Geral