Bahia, 27 de Outubro de 2024
EXTREMO SUL DA BAHIA

Ausência do Governo do Estado no extremo sul da Bahia, reacende a ideia da divisão do Estado
A ideia de dividir a Bahia está sendo ventilada e reacendida pela própria população que não suporta mais, a negligência impetrada.
Por: Jackson Domiciano
11/10/2013 - 10:59:46

A ideia de dividir a Bahia está sendo ventilada e reacendida pela própria população que não suporta mais, a negligência impetrada pelo Governo do Estado sobre os destinos de uma região muito rica em recursos naturais, mas que sobrevive de pires nas mãos em eterna mendicância, à espera de migalhas do Governo Estadual que se omite, e descuida desta parte da Bahia.

Um exemplo nítido desse abandono é a ausência do governador Jaques Wagner da cidade de Eunápolis, onde a sua última visita às pressas, deu-se no dia 11 de maio de 2012, portanto 17 meses.

Sentindo-se desconfortavelmente no cenário econômico, sem representatividade legítima, e sem aportes capazes de agregar valores para a geração de renda e empregabilidade, a população contesta, grita e se diz vítima da falta do olhar governamental.

A insatisfação é enorme. Políticos como o presidente do PTN no município de Eunápolis, Cláudio Galvão, saem na linha de frente e se movimentam para criar um grupo de estudos. Outras pessoas também estão interessadas e se fortaleçam em torno dessa ideia, juntamente com o ex-candidato deputado federal João Alcides, defensor contínuo dessa ideia.

O mesmo projeto, sobre a divisão do Estado, tem boa recepção por parte de 35 municípios na região Oeste do Estado.

No dia (21/08) foi aprovado pela Câmara, um Projeto de Decreto Legislativo (PDC 355/2011), que determina a realização de um plebiscito para a divisão da Bahia. O novo Estado receberia o nome de Rio São Francisco e seria composto por trinta e cinco municípios baianos.

Pela proposta, de autoria do deputado Oziel Oliveira (PDT/BA), o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia terá o prazo de seis meses, a partir da aprovação do projeto, para realizar o plebiscito. Se a população concordar com a criação do novo Estado, o Congresso deverá ainda consultar a Assembleia Legislativa da Bahia e editar uma lei complementar para que ele seja criado.

Segundo o deputado Oziel, a região, que reúne cerca de um milhão de habitantes em 173 mil km², vem crescendo muito ao longo dos últimos anos. “apesar de não ser considerada uma prioridade para o governo da Bahia, a região se destaca pela produção de algodão, soja e milho, além de possuir um grande potencial turístico”, salienta.

De acordo o deputado, a separação tem o apoio da população local. “A maior motivação de uma região em obter autonomia administrativa se dá, sobretudo, em razão da distância entre os governantes e a população, que se veem prejudicados e desassistidos em suas necessidades mais básicas, impedidos de se desenvolver e assim contribuir muito mais com o crescimento do País”, explicou.

Pela proposta, os municípios do estado do Rio São Francisco serão: Angical, Baianópolis, Barra, Barreiras, Brejolândia, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Canápolis, Carinhanha, Casa Nova, Catolândia, Côcos, Correntina, Coribe, Cotegipe, Cristópolis, Feira da Mata, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Mansidão, Muquém do São Francisco, Pilão Arcado, Remanso, Riachão das Neves, Santa Maria da Vitória, Santana, Santa Rita de Cássia, São Desidério, São Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Sitio do Mato, Tabocas do Brejo Velho e Wanderley.

O projeto será analisado agora pelas Comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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