Em entrevista exclusiva ao site agazetabahia.com Alexsandro disse que as notícias encaminhadas para a imprensa não correspondem com a verdade, nem com o perfil do Movimento. “A prisão de Paulo foi pela luta da reforma agrária, e não houve tentativa de extorsão. A justiça está investigando os fatos. A coordenação está empenhada para apurar os fatos que aconteceram e estão acontecendo com Paulo”, disse o fundador do MRC.
O coordenador geral afirmou que o Movimento não tem esse perfil e que Paulo é acusado injustamente. “Ele participou de todas as ações ligadas ao MRC no Estado. O Governador Jaques Wagner tem conhecimento dos fatos. A Delegada Agrária já esteve investigando o caso, em Belmonte e já ouviu Paulo”, desabafou
Mais uma denúncia grave foi apontada por Alexsandro. Segundo ele, a prisão do coordenador Paulo Ardes se deu por razões totalmente contrárias ao que se propaga. “Paulo foi preso por denunciar desmatamento na fazenda Boa Vista, que fica localizada a sete quilômetros de Barrolândia, e que tem como proprietário Carlos Shinaider, amigo de um deputado federal. O desmatamento é feito com motos-serras e a madeira transportada durante a noite. O fato já foi denunciado ao IBAMA, à CAEMA e ao desembargador Gercino Filho, da Comissão de Combate à Violência no Campo”, completou Alexsandro.
Conforme cópia de documento mostrada pelo fundador, o coordenador Paulo Ardes, uma semana antes de sua prisão já havia encaminhado ofício para o desembargador Gercino Filho, denunciando atos de violência praticados pelo fazendeiro Carlos Shinaider, inclusive se utilizando capangas para ameaçar os sem-terras. Outra grave denúncia é a acusação de que um deputado federal esteja envolvido na prisão de Paulo Ardes, para proteger o fazendeiro Carlos.
Quanto ao comprovante de depósito de uma conta, que serviu para suposta acusação de extorsão por parte de Paulo, o coordenador afirma que a mesma foi retirada de dentro do seu veículo, e que ao verificar o saldo da dita conta não havia um tostão sequer.